

Por
ISABELA MAIONE
ESPORTE
O de sempre, veio diferente
Em campo, o mesmo cenário; o diferencial estava na arquibancada
Nos dias 18 e 25 de abril aconteceram os dois jogos da semi final do Goianão 2016. O Estádio Serra Dourada presenciou mais um derby do cerrado, o maior clássico da região chamou a atenção não só pelo jogo, mas pelo clima que veio da torcida.
Em campo, sem muitas novidades, deu Goiás; no jogo de ida um empate por 1 a 1. O zagueiro Anderson abriu o placar para o Vila Nova e o atacante Rafhael Lucas empatou de pênalti para o Goiás. Já no jogo de volta uma vitória do Goiás sobre o Vila pelo menor placar, garantido pelo atacante Carlos Eduardo, colocou o Goiás na final do Campeonato.
O placar dentro de campo ficou bem decidido, mas nas arquibancadas o show das duas torcidas foi um verdadeiro empate. Depois de uma suspensão feita pelo Ministério Público-GO e da primeira fase com torcidas únicas os jogos ofereceram a emoção que tem faltado às arquibancadas do Serra Dourada.
A punição durou três anos e após tanto tempo longe do estádio, as torcidas organizadas voltaram com o apoio total aos times, com o grito, as baterias, as faixas e toda a paixão. Um espetáculo a parte do lado colorado e do lado esmeraldino.

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PUNIÇÃO ÀS TORCIDAS ORGANIZADAS
A polêmica acerca da proibição das torcidas organizadas dura anos. A Justiça defende que o ideal é não permitir a presença das instituições nos estádios, com o intuito de diminuir as confusões e brigas fora das quatro linhas – que é caso bem frequente no estado, principalmente se tratando de Goiás e Vila Nova.
Já as torcidas e os clubes justificam essa punição como inapropriada, pois acaba atrapalhando o trabalho da polícia e as brigas continuam acontecendo, fazendo com que a festa na arquibancada perca totalmente o brilho.
Defendendo a ideia que essa punição não se faz eficiente, temos os atuais acontecimentos. O Goiás, que começa o Campeonato Brasileiro pelo terceiro ano consecutivo cumprindo suspensão de mando de campo devido ao comportamento inapropriado da torcida e Vila Nova, que teve caso de brigas entre suas duas torcidas organizadas, mesmo durante o período de punição.
Tanta divergência de opinião surge do princípio que a suspensão veta bandeiras, vestimentas, faixas e instrumentos musicais que identifiquem a torcida e não os próprios torcedores.