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Por

PEDRO S. LOPES

CIDADES

Seminário discute o direito à cidade e a democracia

Primeiro seminário do Movimento Ouvindo Goiânia precede a plenária do projeto a ser realizada no próximo sábado (14)

O I Seminário do Movimento Ouvindo Goiânia, realizado neste sábado (7) no auditório do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Goiás, o Adufg, trouxe discussões a respeito da realidade de Goiânia sob a guarida de profissionais de diversas áreas. O evento reuniu arquitetos, jornalistas, advogados e professores, além de uma médica e de uma representante de comunidades religiosas afro-brasileiras,Marília Yolorixá.

 

O Movimento, dirigido pelo diretor regional do PCdoB, Carlos Araújo, e pela ex-deputada Denise Carvalho,  promete uma série de debates ao longo do ano junto à comunidade em geral, sobretudo as minoritárias,a fim de levantar demandas e propor medidas.

 

Ainda em fase embrionária, o Seminário de sábado tratou de um debate mais amplo, com temas que incluíram a história urbanística de Goiânia, o direito à cidade, a rede de saúde e a diversidade religiosa. A ideia é que, depois de lançado a ‘carta manifesto’ em  plenária a ser realizada no próximo sábado (14), haja uma série de seminários temáticos.

 

Avenida movimentada no centro de Goiânia. O arquiteto Fernando Chapadeiro citou o termo ‘cultura do automóvel’ para explicar a crescente aquisição de carros no meio urbano

PARTICIPAÇÃO SOCIAL

 

Na abertura do Seminário, Denise disse que a democracia está em jogo e citou o filósofo e pedagogo Derminal Salvini ao falar sobre a necessidade de uma ‘democracia real’. Ela também falou que o Movimento visa a participação social real em três principais eixos: numa democracia, numa gestão política e na própria cidade.

 

A arquiteta Silmara Vieira conduziu uma linha histórica sobre os planos urbanísticos para a capital goiana. Ela falou sobre o potencial de transformação de Goiânia, sobretudo na área ambiental e de infraestrutura. Também foi citado por arquitetos o Plano de Desenvolvimento Integrado, uma programa que visa reordenar 20 municípios goianos em termos de mobilidade, cultura, economia, educação, uso do solo manancial, dentre outros.

 

O professor da UFG, Romoaldo Filho, apontou a precariedade dos serviços públicos em Goiânia e a necessidade de um reforma urbana da periferia para o centro. O arquiteto e professor Fernando Chapadeiro citou a Lei de Mobilidade, de 2012, que prioriza os pedestres e os ciclistas. Chapadeiro falou sobre a ‘cultura do automóvel’ e que a “valorização do transporte coletivo se dá pela sua eficiência espacial e energética.”

Panorama da capital goiana. ‘O direito à cidade’ é tema discutido em seminário

INVISIBILIDADE

 

Representando a religiosidade de cultura afro-brasileira,a microempresária e Marília Yolorixá deu um depoimento sobre sua trajetória espiritual  e de como ela e seus pares sofrem forte preconceito, inclusive no mercado de trabalho. Marília falou sobre a escassez de políticas públicas para sua cultura. “Nós somos invisíveis”, disse. 

 

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